domingo, 15 de março de 2009

Pescando Tecnologias


Bateria para telemóvel que carrega em 10 segundos

Cientistas criaram uma bateria de lítio que pode revolucionar o mundo dos telemóveis. Precisa apenas de 10 a 20 segundos para carregar.
Esta nova bateria à base de lítio é capaz de armazenar e gerar uma maior quantidade de energia do que as actuais e é recarregada em apenas dez segundos --uma invenção que poderia revolucionar o mundo da telefonia celular. A bateria deve ser comercializada em alguns anos, segundo os investigadores responsáveis pelo projecto.
A invenção foi desenvolvida por Byoungwoo Kang e Gerbrand Ceder, dois cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que se dedicaram a melhorar o rendimento oferecido pelas baterias actuais através de um novo desenho dos canais encarregues de transportar a energia de um lado para outro da pilha.
Actualmente, as baterias de lítio oferecem um bom rendimento energético. Contudo, o seu ponto fraco é o baixo nível de potência em determinados momentos nos quais, por qualquer motivo, é necessário uma carga extra.
O facto é associado à lentidão com a qual os íões e os electrões do lítio circulam.
Por isso, os cientistas centraram os seus esforços em conseguir aumentar a velocidade de deslocamento dos iões, criando uma ferramenta capaz de distribuir a energia por cada um dos cantos do dispositivo.
Ceder explicou que isto permitiria carregar uma pequena bateria, similar à usada nos telemóveis, em apenas dez ou 20 segundos, o que "poderia ter muitíssimas aplicações práticas e poderia chegar a mudar nosso estilo de vida".
Kang e Ceder utilizaram como base o composto LiFePO4, usado frequentemente no fabrico de baterias. Após o cobrirem com uma mistura de ferro, fósforo e oxigénio, o composto foi aquecido, o que permitiu que os iões se deslocassem com rapidez.
Além dos dois pesquisadores do MIT, empresas de tecnologia já tinham revelado que trabalham no desenvolvimento de baterias e pilhas mais potentes e baseadas noutros elementos químicos, cujas durações de carga podem chegar até um mês.

Os resultados desta investigação foram publicados na revista “Nature”.

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