terça-feira, 17 de março de 2009

Sophia de Mello Breyner



Porto
1919

Portugal Poetisa e contista portuguesa, nasceu no Porto, no seio de uma família aristocrática, e aí viveu até aos dez anos, altura em que se mudou para Lisboa. De origem dinamarquesa por parte do pai, a sua educação decorreu num ambiente católico e culturalmente privilegiado que influenciou a sua personalidade. Frequentou o curso de Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em consonância com o seu fascínio pelo mundo grego (que a levou igualmente a viajar pela Grécia e por toda a região mediterrânica), não tendo todavia chegado a concluí-lo.
Teve uma intervenção política empenhada, opondo-se ao regime salazarista (foi co-fundadora da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos) e também, após o 25 de Abril, como deputada. Presidiu ao Centro Nacional de Cultura e à Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Escritores.

O ambiente da sua infância reflecte-se em imagens e ambientes presentes na sua obra, sobretudo nos livros para crianças. Os verões passados na praia da Granja e os jardins da casa da família ressurgem em evocações do mar ou de espaços de paz e amplitude. A civilização grega é igualmente uma presença recorrente nos versos de Sophia, através da sua crença profunda na união entre os deuses e a natureza, tal como outra dimensão da religiosidade, provinda da tradição bíblica e cristã.

A sua actividade literária (e política) pautou-se sempre pelas ideias de justiça, liberdade e integridade moral. A depuração, o equilíbrio e a limpidez da linguagem poética, a presença constante da Natureza, a atenção permanente aos problemas e à tragicidade da vida humana são reflexo de uma formação clássica, com leituras, por exemplo, de Homero, durante a juventude. Colaborou nas revistas Cadernos de Poesia (1940), Távola Redonda (1950) e Árvore (1951) e conviveu com nomes da literatura como Miguel Torga, Ruy Cinatti e Jorge de Sena.

Na lírica, estreou-se com Poesia (1944), a que se seguiram Dia do Mar (1947), Coral (1950), No Tempo Dividido (1954), Mar Novo (1958), O Cristo Cigano (1961), Livro Sexto (1962, Grande Prémio de Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores), Geografia (1967), Dual (1972), O Nome das Coisas (1977, Prémio Teixeira de Pascoaes), Navegações (1977-82) e Ilhas (1989). Este último voltou a ser publicado em 1996, numa edição de poemas escolhidos acompanhada de fotografias de Daniel Blaufuks. Em 1968, foi publicada uma Antologia e, entre 1990 e 1992, surgiram três volumes da sua Obra Poética. Seguiram-se os títulos Musa (1994) e O Búzio de Cós (1997). Colaborou ainda com Júlio Resende na organização de um livro para a infância e juventude, intitulado Primeiro Livro de Poesia (1993).

Em prosa, escreveu O Rapaz de Bronze (1956), Contos Exemplares (1962), Histórias da Terra e do Mar (1984) e os contos infantis A Fada Oriana (1958), A Menina do Mar (1958), Noite de Natal (1959), O Cavaleiro da Dinamarca (1964) e A Floresta (1968). É ainda autora dos ensaios Cecília Meireles (1958), Poesia e Realidade(1960) e O Nu na Antiguidade Clássica (1975), para além de trabalhos de tradução de Dante, Shakespeare e Eurípedes.
A sua obra literária encontra-se parcialmente traduzida em França, Itália e nos Estados Unidos da América. Em 1994 recebeu o Prémio Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores e, no ano seguinte, o Prémio Petrarca, da Associação de Editores Italianos. O seu valor, como poetisa e figura da cultura portuguesa, foi também reconhecido através da atribuição do Prémio Camões, em 1999.
Em 2001, foi distinguida com o Prémio Max Jacob de Poesia, num ano em que o prémio foi excepcionalmente alargado a poetas de língua estrangeira.
Em Agosto do mesmo ano, foi lançada a antologia poética Mar. Em Outubro publicou o livro O Colar. Em Dezembro, saiu a obra poética Orpheu e Eurydice, onde o orphismo está, mais uma vez, presente, bem como o amor entre Orpheu, símbolo dos poetas, e Eurídice, que a autora recupera num sentido diverso do instaurado pela tradição helénica

Se falasse contigo hoje dir-te-ia

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

A hora da partida soa quando
Escurece o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.

A hora da partida soa quando
as árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.

Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida.

Chamo-Te porque tudo está ainda no princípio
E suportar é o tempo mais comprido.

Peço-Te que venhas e me dês a liberdade,
Que um só dos teus olhares me purifique e acabe.

Há muitas coisas que eu quero ver.

Peço-Te que sejas o presente.
Peço-Te que inundes tudo.
E que o teu reino antes do tempo venha.
E se derrame sobre a Terra
Em primavera feroz pricipitado.

Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo

Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa

Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.

Para ti criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.

Bebido o luar, ébrios de horizontes,
Julgamos que viver era abraçar
O rumor dos pinhais, o azul dos montes
E todos os jardins verdes do mar.

Mas solitários somos e passamos,
Não são nossos os frutos nem as flores,
O céu e o mar apagam-se exteriores
E tornam-se os fantasmas que sonhamos.

Por que jardins que nós não colheremos,
Límpidos nas auroras a nascer,
Por que o céu e o mar se não seremos
Nunca os deuses capazes de os viver.


Sophia de Mello Breyner

O que podemos aprender com os gansos


Pois é o nome pode não ser sugestivo,mas mudará de ideias certamente quando folhear o livro e página a página se aperceber das inúmeras histórias que nos fazem reflectir sobre a nossa vida quer pessoal, quer profissional. O resto deixo ao vosso critério caso optem por ler o último livro de Alexandre Rangel- O que podemos aprender com os gansos.

Aqui ficam algumas das frases do livro para reforçar a leitura:

« Tenha sempre uma atitude de vencedor»
« Trabalhar em equipa é respeitar as diferenças»
« Aceite os defeitos dos outros e os outros aceitarão os seus»
« Pare de reclamar e valorize o que possui»
« Informe-se mais para evitar conclusões precipitadas»
« Contrua pontes e não barreiras»

domingo, 15 de março de 2009

Pescando Tecnologias


Bateria para telemóvel que carrega em 10 segundos

Cientistas criaram uma bateria de lítio que pode revolucionar o mundo dos telemóveis. Precisa apenas de 10 a 20 segundos para carregar.
Esta nova bateria à base de lítio é capaz de armazenar e gerar uma maior quantidade de energia do que as actuais e é recarregada em apenas dez segundos --uma invenção que poderia revolucionar o mundo da telefonia celular. A bateria deve ser comercializada em alguns anos, segundo os investigadores responsáveis pelo projecto.
A invenção foi desenvolvida por Byoungwoo Kang e Gerbrand Ceder, dois cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que se dedicaram a melhorar o rendimento oferecido pelas baterias actuais através de um novo desenho dos canais encarregues de transportar a energia de um lado para outro da pilha.
Actualmente, as baterias de lítio oferecem um bom rendimento energético. Contudo, o seu ponto fraco é o baixo nível de potência em determinados momentos nos quais, por qualquer motivo, é necessário uma carga extra.
O facto é associado à lentidão com a qual os íões e os electrões do lítio circulam.
Por isso, os cientistas centraram os seus esforços em conseguir aumentar a velocidade de deslocamento dos iões, criando uma ferramenta capaz de distribuir a energia por cada um dos cantos do dispositivo.
Ceder explicou que isto permitiria carregar uma pequena bateria, similar à usada nos telemóveis, em apenas dez ou 20 segundos, o que "poderia ter muitíssimas aplicações práticas e poderia chegar a mudar nosso estilo de vida".
Kang e Ceder utilizaram como base o composto LiFePO4, usado frequentemente no fabrico de baterias. Após o cobrirem com uma mistura de ferro, fósforo e oxigénio, o composto foi aquecido, o que permitiu que os iões se deslocassem com rapidez.
Além dos dois pesquisadores do MIT, empresas de tecnologia já tinham revelado que trabalham no desenvolvimento de baterias e pilhas mais potentes e baseadas noutros elementos químicos, cujas durações de carga podem chegar até um mês.

Os resultados desta investigação foram publicados na revista “Nature”.

sábado, 14 de março de 2009

Para justificar a crise

Gosto de...





















Livros, livros, livros, always livros.

Há quem goste de perfumes, de chocolates, de caminhar na praia.
E Eu Gosto de isso tudo, e...
e gosto de livros,
é que Gosto mesmo de livros

Gosto tanto de livros, que sou capaz de nem dormir para perceber o enredo, o desenvolvimento e o próprio final da história. Devoro livros...
Gosto de Livros, sempre achei que um bom livro pode até mesmo ser, melhor que um bom filme. Um livro é todo um imaginário a trabalhar, é dar cor, luz e ginástica á nossa máquina mental. Gosto mesmo de livros, livros de quadradinhos, a cores, a preto e branco, românticos, biográficos, históricos, cientificos,técnicos, policiais, de arte, pintura, fotografia e de poesia. Bem, é que eu Gosto mesmo é de livros. Gosto do cheiro que deitam...quando novos cheiram a papelaria, a escola, a juventude...quando velhos, cheiram a tempo que passou. São pedaços de história, os livros não têm idade, ou se a têm, são intemporais podendo até ser imortais. Um livro passa de mão em mão, viaja no tempo, no espaço e no coração. Um livro pode ser uma companhia, uma memória, uma paisagem...Um livro não conta apenas uma história, um livro tem vida e ajuda a fazer a nossa própria história. Ajuda-nos a crescer, a ver com olhos de quem alcança mais além. Com livros já chorei, cantei e sorri...um livro é uma partilha, uma partida e uma chegada sem fim. Um livro é uma companhia, pode ir para qualquer parte, cabe em qualquer lugar e não reclama onde é deixado. Um livro ainda que novo, usado ou jogado não aumenta nem anula a história que quer contar, porque um livro é sempre um livro com algo para ler e dizer...

O Poder do Agora


O que pode ser mais importante do que o Agora? Porque insistimos tanto com o passado? Quando sobre esse não podemos exercer qualquer mudança? Porque pensamos tanto no futuro quando sobre esse não temos qualquer controlo?

Estas e outras realidades, ansiedades e questões são tratadas por Eckhart Tolle em
'O Poder do Agora'.

Para a maioria das pessoas, a vida é composta de carências, inseguranças, tristeza e sofrimento, a nível físico, psicológico ou espiritual. Mas, na verdade, todos os nossos problemas são ressentimentos do passado ou preocupações com o futuro, ou seja, são projecções mentais que nos afastam do momento presente, do eterno Agora. É ai que se encontra a paz e a libertação. O Poder do Agora apresenta, de forma simples e acessivel, os preceitos de um misticismo a um tempo clássico e contemporâneo, com influências das mais diversas escolas religiosas mas sem qualquer denominação ou filiação especifica. Sob a forma de explicações concisas, perguntas e respostas e trechos para meditação, ensina como combater as ilusões da mente que nos levam a criar os nossos próprios problemas, conduzindo a uma tomada de consciência a nível profundo e a uma radical tranformação da nossa visão do mundo.

Convido-vos a ler O Poder do Agora, como um desafio na descoberta do vosso ser mais profundo, para que cada um de nós encontre a clarividência para uma vida melhor.
Boas leituras.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Hoje estou assim...

The man who can't be moved



Adoro esta letra

Gosto de...



Monte da Peceguina tinto 2007


Castas: Aragonês (50%), Alicante Bouschet (25%), Touriga Nacional (9%), Cabernet Sauvignon (8%) e Tinta Caiada (8%) - Estágio: 7 meses em carvalho francês - 14% Vol.

Tonalidade ruby escuro de concentração média.

Nariz de boa intensidade, mão cheia de fruta (framboesas, morangos, ameixas) bem limpa e madura, com notas compotadas e frescas. Complementa-se o conjunto com notas de chocolate preto, café e algum caramelo de leite que lhe dá um ar de cremosidade muito leve, dando outra complexidade a todo o conjunto. O fundo é marcado por um toque balsâmico (menta) e ligeira mineralidade no final.

Boca bem estruturada de entrada frutada e com bastante frescura, é um vinho guloso no sentido em que dá bastante prazer durante a sua prova, em grande sintonia com a prova de nariz. Passagem de boca afinada, elegante com toques ligeiros de cremosidade, a lembrar por instantes um mocaccino, dando seguimento a toque balsâmico (menta) que termina com ligeiro mineral.

Um vinho que dá uma prova muito acima da média, onde a fruta e madeira se entendem bastante bem, deixando o brilho e destaque para a primeira, o que se agradece sempre. Está numa fase cheia plena de vivacidade, frescura e jovialidade, pelo que o seu consumo nesta fase é mais que recomendado. É para o meu gosto, a par do 2003, o melhor Monte da Peceguina feito até hoje. São 85.633 garrafas com preço a rondar os 8,50€.

Gosto de...

Opera



p.s. oiçam a peça completa, minuto 1'27 chega a arrepiar (para quem aprecia,claro!).


Esta é a minha preferida...

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Nobody Does it Better

terça-feira, 10 de março de 2009

Vale a pena pensar nisto

A maior aventura de um ser humano é viajar,
E a maior viagem que alguém pode empreender
É para dentro de si mesmo.
E o modo mais emocionante de realizá-la é ler um livro,
Pois um livro revela que a vida é o maior de todos os livros,
Mas é pouco útil para quem não souber ler nas entrelinhas
E descobrir o que as palavras não disseram...

Augusto Cury

segunda-feira, 9 de março de 2009

Gosto de...


Um copo meio cheio

Blindness- Ensaio Sobre a Cegueira

Voto não à cegueira moral...

A propósito do filme Ensaio sobre a Cegueira.

Tremendamente bem realizado, ainda que com algunas lacunas, Fernando Meirelles volta a surpreender. Desta feita, com Ensaio sobre a cegueira. Devo dizer que foi o filme que até hoje mais se colou a um livro, na minha mera opinião. o que deve ter deixado o nosso Nobel satisfeito. Apesar de ter poucas cenas filmadas em cenários exteriores, a mensagem do filme conseguiu passar a intenção do livro. Moral da história, andamos todos, cegos , ou quase todos...no fundo a perda de valores morais é de facto uma constante da actualidade, ou pura e simplesmente, estamos mais humanos? Já não se matam pessoas no coliseu em Roma com um simples virar do polegar. Não se enforcam pessoas em praça pública. A guilhotina foi banida. E em muitos estados e países não se pratica mais a pena de morte. ( não estou a falar do terrorismo, pois esse sempre houve, o que não haviam eram os milharess de canais de informação que há hoje ). Apesar de querer acreditar que estamos a evoluir. Considero que continuamos cegos, e continuamos a ter que reflectir sobre a condição humana. Cegos pelas influências alheias, e cegos pelo nosso ego, não havendo o equilibrio necessário.É o 8 ou 80. E não vemos o que nos rodeia. Quão belo é o mar, e natureza que o envolve, quão belo é estar vivo e ajudar a viver. O prazer é mais do que o me, myself and I. Não nos podemos esquecer...serei feliz, se o mundo estiver feliz. não nos esqueçamos do prazer que pode dar, dar a mão a quem precisa. Isso também é felicidade. Acredito não estar a cegar, ou pelo menos, ainda quero ver, não só olhar. Voto no desenvolvimento dos valores morais, voto na palavra dada, voto no altruismo, voto em ti, em mim e em nós, quero um mundo melhor, comigo, contigo e para todos nós, O mundo está em transformação. Prefiro adaptar-me, do que excluir-me. Prefiro emancipar-me, do que cruzar os braços. Voto não à cegueira moral.

Doubt- A Dúvida

Acredito ser um filme que não irá ser um sucesso de bilheteira, por ser um filme que nos irrita, e nos preenche com um sentimento de injustiça e de revolta o tempo inteiro. Sentimentos esses contra a personagem interpretada pela extraordinária Meryl Streep. O Curioso é que esses sentimentos em nada favorecem a nossa caminhada para uma maior maturidade, uma vez que não estamos imunes ao comportamento espelhado no filme, estou a falar do boato...e assim vale a pena refletir sobre... Quem nunca teve dúvidas? Quem nunca julgou sem reflectir? Quem nunca apontou o dedo sem antes pensar que podia estar a cometer um erro, e ainda assim, cometendo-lo na mesma?
Este filme é para todos nós, que todos os dias nos precipitamos e apontamos o dedo sem dar por isso...a questão é mesmo essa, sem dar-mos por isso...e já agora quantas vezes damos oportunidade a quem apontámos o dedo? Mesmo sabendo que errámos no nosso julgamento? Será que paramos para reflectir o suficiente? Será que o nosso orgulho nos permite? Ou tão somente continuamos a cometer erradamente o mesmo procedimento,sem nunca corrigirmos a nossa conduta. Talvez por isso o filme não tenha feito grande sucesso, talvez por isso não se fale dele... Talvez estejamos longe de perceber a mensagem que se propunha passar, talvez...
Talvez seja um passo demasiado grande para a actual humanidade...Talvez não estejamos preparados, ou talvez sim...

The Reader- O Leitor

Broken Strings

domingo, 8 de março de 2009

Reflexões

Não é o carácter da pessoa que determina como ela age, mas sim, a situação na qual ela se encontra...